domingo, 9 de setembro de 2007

"Com um pouco de sorte, a gente se depara na hora certa com uma música que não é somente "grandiosa" ou "interessante", ou "incrível", ou divertida, mas realmente substancionsa. Por um processo evasivo mas tangível, certas musicas barram todas as nossas defesas e dão sentido a todos os medos e desejos que evocamos nelas. Dessa maneira, elas expõem tudo o que escondíamos no intimo e dão um sentido a isso. Apesar de ser uma outra pessoa que fala, a experiência é como uma confissão. Nossas emoções disparam a loucos extremos: nos sentimos ao mesmo tempo enobrecidos e desvalorizados, redimidos e condenados. Escutamos que é disso que se trata a vida, que é para isso que ela serve. Porém é esse mesmo reconhecimento que nos faz entender que a vida jamais pode ser tão boa, tão inteira. Como uma clareza que a vida nos nega por suas próprias e boas razões, vemos lugares aos quais nunca poderemos chegar."
Marucs, Greil- A ultima transmissão pg22-23: artigo sobre um show de bruce springsten em 1978

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