quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

resistência

Os anos se passaram e talvez os sonhos utópicos tenham dado lugar a lógica de sobrevivência e da mera existência seguindo os padrões. Mas com todas as mudanças, e imposições que a sociedade impõem a todos, vejo a revolta na Grécia como uma esperança, não queria a morte de um jovem de 16 anos, mas o estado policial faz isso, não é fácil você morar na periferia e ter medo de ser assaltado ou de apanhar da policia por andar de skate ou fazer arte na rua... Ecos de resistencia ainda existem...

domingo, 2 de novembro de 2008

guadalupe

O cenário urbano tipico de uma cidade grande em meio a uma arquitectura decadente de centro velho, este é o Terminal Guadalupe em Curitiba. Um grande fluxo de pessoas que chegam dos bairros metropolitanos, comercio popular, igrejas evangélicas, pastores nas ruas pregando seu ódio a liberdade humana e vendendo o ideal escravocrata de almas pentecostal. Mas tem espaço pra todos, os que chegam para seus empregos de 8 horas, faculdade, sonhos e tristezas. Os prédios, grafites, e ruas são testemunhas de tudo isso, acho que isso que me fascina nessa região, a desigualdade e o exemplo vivo da sociedade brasileira. Buscamos espaços nas calçadas em meio a catadores de papel e seus pés descalços sentido hora o frio ou o calor intenso do asfalto, ambos costuramos os carros que cada vez mais invadem as calçadas e nos atropelam e temos nossa propria arte do viver

sábado, 25 de outubro de 2008

Todos estamos ferrados e vivemos uma existência sem sentido. Caos económico mundial, busca de um misero emprego e passar horas em exames de selecção. O preço que temos que pagar pelos confortos tecnológicos e ao não isolamento social, pois somos condicionados a sermos os "melhores". Não me adapto a isso, talvez esteja cheio de toda essa merda que é nos enfiada guela abaixo a nossa vida inteira. Ser bombardeado de todos os lados por "visões positivas cristãs que te escravizam" e que o mundo é para os bem sucedidos que bajulam toda essa escravatura moderna dos sentidos. Para mim somos escravos, e não adianta nada ter o celular de 1000 reais, o contrato de servidão voluntária as industrias automotivas quando se vende a alma por 72 prestações. Tudo se sucateia, e infelizmente não so maquinas pois até nós mesmos vamos nos torando amargos e tristes e temos que nos adequar a novas tecnologias capitalistas e por ai vai esse ciclo.
Tenho que sobreviver a minha depressão, a violência e buscar pelo menos alguns minutos de liberdade...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

gritos e gritos
na TV por meio de previsões económicas desastrosas e exaustivo apelo de audiência com a morte de uma garota por um louco frustrado...
gritos da consciencia capitalista em cada de um de nós para ser o melhor
e assim se segue...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

dia azul e triste

vi uma mulher com seus dois filhos batendo de portão em portão pedindo alguma ajuda. cena normal de qualquer cidade, estava um céu bonito depois de vários dias de chuva, e e lama na rua era alegria pro menino que nem percebia a sina de sua mãe, mas logo o sol os deixariam cansados, talvez recebessem alguma comida, ou agua de alguma alma nobre. mas somos felizes e o beto richa é perfeito, e todos teram iphones, não temos direito a saúde e vivência digna, mas somos obrigado a consumir e ter o que os ricos da novela possuem de mais moderno e estiloso.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

sabado de nychc


Espero que haja um clima de união e paz no show do Agnostic Front. Como no live cbgb 1986, onde se via uma massa de skins, sxe, headbangers cantando, pulando e curtindo o show em paz. Agnostic Front é uma banda cuja temática das ruas dos subúrbios violentos e esquecidos pelo estado, nos mostra o lado dos oprimidos numa cidade como New York, mas pode -se enquadrar em qualquer grande cidade brasileira como São Paulo e Curitiba. Onde enfrentamos empregos escravos, ónibus cheios, miséria e violência... Somos operários pós modernos com contas pra pagar, filhos, amores e sonhos em meio a concreto e poluição.
União e esperança sempre ao som de punk-hardcore

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

palavras...

tento resistir...
mesmo confuso com tanta velocidade, e falto de sentido quando me deparo com o futuro, pois a realidade assombra...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

verdurada 2

Ontem teve a segunda edição da verdurada-Curitiba. Foi um dia com muito hardcore e energia positivas, mesmo em um dia frio curitibano, e o que mais valeu a pena o clima de amizade, o debate de ideias e os sorrisos. Sei que tem diferenças no meio hardcore, mas houve respeito e consciência sobre as diferenças. E acima de tudo todos unidos contra o racismo, a homofobia, e o respeito a vida (humana e animal), pois ja vi casos de vegetarianos nazistas. A ignorância esta nos seres humanos, e não em etnias e formas de ser...
Os shows foram lindos, com destaque para a putaria punk gay da banda "teu pai sabe?", sim punk tbm é pra viado. Sem mais heróis fez um dos melhores shows que vi deles, mesmo com pouco tempo de estrada e recem lançado CD, estão amadurecendo e com uma energia que se confirmou tanto nas musicas próprias como nas covers de 7 seconds e gorilla biscuits. Ayat akrass fez seu insano barulho death core, e o vocalista nilo sempre carismatico. Good intentinos fez um dos melhores shows que vi na vida, e com um ar positivo, a performance deles foi umas das melhores que vi e o publico foi insano, até eu mergulhei no mosh e stage dive, foi algo memorável. Nerds attak foi pura destruição com seu fast core grind, e com uma performance arrasadora do seu vocalista o fofo do Foca. Foi bonito tudo que aconteceu, e todo o clima de amizade e resistencia. Resta esperança dentro de nossos corações...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

vende-se sentimento

Parece que o sentir humano vira apenas uma forma de lazer comercializada pela igreja, televisão, gurus e hipongas de direita. Vivo em uma sociedade em que a arte e até os sentimentos tornam-se mercadoria.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

sp-01

chegando em sp vejo um horizonte quase inexistente, em meio a poluição torres residenciais que deixam cada vez mais menos visível o céu, ao lado de uma arquitectura de barracos em morros, calçadas. em meio a ilhas da fantasia das grandes corporações, vivemos, servimos... como diz o inimigo"trabalhe pra mudar e não se alienar"...

barracos de papelão onde vivem seres humanos com historias que se perderam na trágica fábula urbana...

quarta-feira, 18 de junho de 2008


deitado no divã desabafei tudo isso que me aflige. desde a raiva que tenho desse maldito mundo tão capitalista, o tal mundo dos vencedores. e no fundo somos as mesmas merdas humanas que são consumidos... eu, vc, o universitário bonito, a senhora que anda pela manhã gelada batendo em casa em casa atrás de um serviço doméstico como lavar a calçada, os vidros por míseros 10 reias. ela é pobre e precisa do dinheiro para o leite e pão. sim, vendemos nossa alma e corpo para ter nossos status ou o simplesmente o que comer. a lógica da maquina prevalece, nós somos somente seres humanos que envelhecem e morrem e o ciclo continua.
será que meus sonhos morreram logo?

sábado, 7 de junho de 2008

não sei o que será mais estúpido, seres humanos usando a intolerância como meio de vida ou justificarem a violência sem sentido por questões sociais ou raciais. me doí ver meninos de periferia se perdendo em um mundo de violência e drogas, e se iludindo no mundo consumista e logo seriam mais mão de obra barata e serviram ao rebanho do ser deus da estupidez e do dinheiro. me doí ver pseudo skins que usam a violência como diversão e intimidação, humilhando quem é diferente deles, são os filhos da classe média falida brasileira, que não aceita o diferente e sempre põem a culpa da crise económica e da violência nos pobres, os mesmo que os servem em mercados, padarias, que limpam seu rabos, as suas casas...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Estranho como somos sozinhos em meio a opressão do mundo em vários sentidos. Não temos mais direitos a sonhos, e sim ao consumo para preencher a vida vazia diária, que com o tempo se torna mais estática de emoções.

sexta-feira, 23 de maio de 2008


É bonito passar um dia de céu azul, hardcore, e amigos. A comida vegan estava ótima, as conversas sobre assuntos dos mais variados desde sobre futebol até formas de ter metas estranhas na vida como catar clipes no chão, só ficar no quarto lendo após um dia de trabalho alienante. Os shows foram legais, apesar do calor no porão do balarama fazer a pressão baixar, não desanimou a empolgação. Destaco os shows do Condictio, e do Ecoresistencia, que tem os mesmos integrantes trocando o vocal e o tipo de som, na primeira temos uma influência forte de Fugazi, Dag Nast, Embrace. Já o Ecoresistencia tem uma linha mais hardcore old school sxe, com uma forte influência de Earth Crisis, com direito a uma ótima cover deles. Mas o que me chamou nos integrantes era o fato deles serem da periferia de São Paulo e negros. Fiquei feliz ao ver suas formas de resistência, sua luta contra o preconceito, defesa animal e humana. O hardcore não é feito de poses e meninos brancos revoltados, a sua origem é de choque e questionamento, e todos podem fazer barulho sincero e não para ser o 'revoltado de shoping".

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Falar toda a baboseira sobre metas futuras depois de formado, e se mostrar confiante para sua família. Mas la no fundo da alma, onde reside tudo que esta a par da vida imposta por esse ciclo de instituições que temos que suportar e viver, eu tenho outros sonhos. Os quais não tem haver com a morte dos desejos bons, ou dos olhares tristes ao se deparar com ónibus cheios, como comboios de bois indo pra morte diária, pois me parece que a cada dia perdemos uma parte da beleza que poderíamos ter. Trocamos isso tudo por conveniência, fantasias e necessidades...

segunda-feira, 19 de maio de 2008

hostilidades gratuitas em um ónibus da periferia, num domingo ensolarado, feitas por seres humanos que como eu sustentam a "máquina". Juntos alimentamos a vida gloriosa dos seus dirigentes, fortalecendo suas riquezas e seu mundo de felicidade, e somos bombardeados pela TV e mídia a sermos como eles, e lutar para não morrer pobres... mais uma tatica de alienação...
A vida não tem sentido e temos que preenche-la com nossos sacrifícios, pagando 72 prestações do carro, trocar de celular a cada 6 meses, comprar as roupas para esposa se sentir gostosa e sensual, mesmo beirando os 40 anos e se sentir como as musas da TV, e os filhos serem descolados e vencedores para serem os futuros lindos e sorridentes da humanidade.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

um dia em sp


Surreal no meio da Av. Paulista, num dia de céu azul que ate trazia uma doce ilusão de que a cidade São Paulo não era o caos de poluição e o misto de sonho e pesadelo, encontrar um rapaz vendendo um jornal do projecto "Ocas". Ele me parou e me disse que via que eu gostava de arte e hardcore, e tinha um jeito diferente. Conversamos sobre arte, e punk rock, e veio uma pergunta dele que me marcou -Cara vc gosta de Discharge?. Meus olhos brilharam, pois Discharge é uma das minhas banda predilectas de punk hardcore inglês dos anos 80, fruto de toda desilusão e fúria daquela década. Dois humanos no meio da cidade mais louca, rica e miserável do Brasil, falando sobre arte, resistência e punk rock, essa é uma das coisas que me deixam feliz e traz um pouco de sentido pra mim. O rapaz mora num quarto na liberdade, tem bicos de ator e artista plástico, passou fome até, mas ainda sonha. "-Você é diferente e vê o mundo além do comodismo" olhando para mim disse essa frase que me fez sorrir de uma forma que havia muito tempo que não ocorria. Coisas assim que nos deixam felizes, pois podem nos salvar da mesmice dos dias atrás de ónibus cheios, notas boas, o salário de todo mês, e a falta de lirismo.
A cada dia tento me salvar, de toda a angustia acumulada durante todos esses anos, tentando ser alguém e não um idiota.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

verdurada

Talvez a verdurada tenha me feito reaver sentimentos e sensações antes perdidas pela tristeza e desesperança. Mas todo o clima positivo e de amizade fez toda a arte subversiva e os barulhos de berros e guitarras fazerem sentido de novo. Estou redescobrindo musicas, bandas, livros, sorrisos e o amor.

quarta-feira, 19 de março de 2008

eu sei...

talvez eu tenha pegado uma energia adormecida pelo tempo e o peso do cotidiano, no meu caso as vezes tão confuso e sem rumo. pois agora tenho uma esperança, misturada com uma libertação que me fez mandar tudo de ruim as favas. Sei que odeio a opressão de sonhos, a maldita violência racista da intolerância que exclui de varias formas, o vazio de luzes nesse tempo sombrio

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

diferentes formas de sentir o mundo
diferentes formas de sonhar
diferentes formas de perder sonhos
diferentes formas de resistir

sábado, 2 de fevereiro de 2008

tanta hipocrisia que os seres humanos, tão fracos e pobres, se orgulham de humilhar os que são diferentes. é so ver os exemplos de preconceitos que nem precisamos andar muito parar presenciar, até nós mesmos somos vitimas. Xingados e humilhados pela não cor branca, por não ter o padrão de beleza imposto pelo sexismo institucionalizado, por ser diferente....
a ignorancia e a intolerância são democratizadas, mas o viver livre, o pensar e o expressar de certa forma são controlados.
acho que a ignorancia esta ganhando, pois vivemos num mundo podre, onde valores humanos são jogados no lixo.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

libertinagem dos sentidos reprimidos é o que necessito. pois em meio a essa avalanche de sentimentos fabricados, ora para anestesiar a dor, ora paraVerificar ortografia ter um sentido mesmo que ilusiorio...
sou consumido a cada dia pelo conformismo, desistindo de sonhar e amar, pois tudo parece cedido ao fim. a paranoia da solidão urbana toma conta de mim cada vez mais, ser sozinho e vazio, mas vencedor e sustentador do consumo capitalista, e isso não é ditado de comunista retrogrado e sim a realidade. Cada volta para casa a noite, culmina em desesperança. Só me resta cafés baratos em livrarias para ler os livros que não posso comprar e ouvir historias das mesas ao lado sobre as viagens dos ricos e famosos e vencedores, usando botas que custam um ano de trabalho...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

nessa paranóia urbana tudo que vemos só sejam fragmentos de uma imagética imposta pela sociedade, ou a construção de novos espaços como prédios de luxo. Em meio a diário de sobrevivência que tenho na mente guardando lembranças boas ou usando palavras como resistência, e agora cores e fotos como guarda lembranças de uma cidade e de vidas que se tornam invisíveis.
Uso rabiscos e palavras como desabafo para não enlouquecer, talvez pixações e graffites sejam tenham a mesma conotação pois seus autores, muitos deles estão mortos em lembranças marginais ou se entregaram a empregos descolados e asseguraram seu lugar no céu do jesus da felicidade e das novas tecnologias. Não tem como eu fugir disso...

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

mais um ciclo

acabou-se mais uma vez a euforia de fim de ano, as coisas continuam. o comércio faturou muito com as novas necessidades impostas, a loucura continua. sobrevivência, busca de lirismo, apesar das dificuldades. Viver numa sociedade competitiva e frequentar igrejas insanas, que compram espaços de TV, ou ver a vida maravilhosa dos ricos, pois direitos temos de ver a ilusão da vida boa de poucos...
transtornos diários de frustrações por não ser o que te impõem, pois sofrera bem menos...