quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

sem saída

Poder resistir e escrever todos os meus medos e sonhos. Questionar toda essa condição pósmoderna em que vivemos cujos nossos inimigos não são mais os do imaginário popular, nem a burguesia clássica pregada pelos socialistas que morreram, e sim as contas que vencem todo o fim do mês e a rotina diária de escravidão voluntária (trabalho).
Vendemos nossa criatividade a moda e às necessidades muitas delas vinculadas a grandes corporações e conglomerados de comunicações, glorificamos novos deuses e nos aliviamos diariamente com doses de felicidades e de questionamento fabricados vinculados dentro de uma caixa chamada tv, a nossa janela para o mundo que tem as regras delimitadas pelos vencedores. Na realidade não temos mais saída e pagamos todo o custo de viver no terceiro mundo, onde enfrentamos a nós mesmos a cada amanhecer para ficar 8 horas dentro de cúbiculos, fabricas, lojas, sorrindo e cumprindo ordens para no fim de cada mês juntar migalhas depositadas em contas de banco.
Cada dia que passa me sinto sem identidade como um produto e logo estarei velho e outro ocupara meu lugar, mais um com destino traçado por deus e pelo dinheiro.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nova seguidora dos seus textos simples e objetivos
beijos ricardo
:)